Sessão Nostalgia - Música e Teclados

Como de costume, estava eu bisbilhotando o forum teclado do cifraclub e achei engraçado quando chamaram o Jeferson de trambiqueiro em um post. E se tem algo que nunca fui bom, foi em negociar meus equipamentos. A evolução custou um bocado para acontecer, inclusive consigo enumerar todos os teclados que já passaram por minha mão.
Meu primeiro contato com teclado foi um CASIO de 2 oitavas que meu tio João da Luz usava para tirar o tom para um coral da igreja no qual ele era maestro. Não meida mais que 25cm. Meu pai - que foi trumpetista na juventude - me ensinou as primeiras noções de música e lendo partituras de sax, comecei a solar a partir daquele minúsculo teclado.

Cassio VL Tone - "Não era este modelo, mas muito semelhante."

Resolvi fazer aulas de teclado, mesmo sem ter um teclado em casa, então treinava desenhando em uma folha e ofício... exato, eu desenhava as teclas e treinava tocando os acordes na folha de papel. Até que um dia comprei - com o suor de meu trabalho- meu primeiro teclado. Este PSR-175, com teclas sensitivas e 100 ritmos. Uauuu

PSR-175

Enfim comecei a tocar na Banda em Passo Fundo, junto ao muito saudoso Grupo Musical Jerusalém, e claro, este simples teclado não atendia as necessidades. Comprei um PSR-530 em trocentas vezes - nesta época eu estava na faculdade e ministrava aulas de "Word e Excel" (acreditem) em um curso de informática chamado Infoline em Passo Fundo.

PSR-530

Bom, o problema foi que pagar a faculdade e as prestações do teclado se tornou algo impossível com meu mixuresco salário, e acabei me desfazendo deste pequenuxo.
Tive a oportunidade de ter um DX-21, da Yamaha, sintetizador versão "ligth" do famoso DX-7, porém eu não consegui configurá-lo e acabei que fiquei com ele por não mais de três meses.

DX-21

O então maestro do Jerusalém Giuliano, resolveu dar uma força e nos unimos no grupo para adquirir um outro equipamento, afinal não era possível ficarmos sem teclado no grupo. Fomos até a Mil Sons de Passo Fundo, e depois de queimar um Roland "E-Algumacoisa" (que tragédia) durante os testes, adquirimos um PSR-620.

PSR-620.

Querbou o galho, e usei este equipamento até o dia em que passei no concurso da gloriosa Força Aérea Brasileira e acabei me afastado da música durante 4 anos. O único contato foram as cornetas de alvorada e ordem unida. (gahhhhhh) Foi inclusive nesta época, que quis me livrar do meu passado musical e vendi meu PSR-175 para um colega da FAB, meu amigo Jan Lima.
Passado estes quatro anos, já pai de família e "vida feita", viemos a conhecer o grande Nelson, o qual resolvemos montar um novo conjunto em Canoas. Comecei tocando contra-baixo, mas os teclados sempre foram meu fascínio. Compramos um Alpha Jr, e a música voltou à minha vida!

Alpha Jr

Tocamos por quase um ano, mas infelizmente o grupo se desfez, e fiquei novamente parado. Neste tempo negociei o Jr. e adquiri um EXR-3, um arranjador muito interessante com timbres excelentes. Mas tocava esporadicamente com o pessoal, especialmente a convite do Nelson.

EXR-3

Foi quando o Nelson, em setembro do ano passado voltou a me convidar para fazer parte de um novo grupo, o qual com muito entusiasmo voltei a tocar com freqüência. Precisava de um teclado profissional, então adquiri um Juno-D Limited Edition, o qual sinto muita saudade de seus órgãos maravilhosos.

Juno D - LE

Também comprei um Korg X5D, o qual tenho até hoje, o qual me fez apaixonar-me pelos timbres da Korg. No início detestei, mas editando, tenho hoje pianos elétricos e acústicos maravilhosos.

X5-D

Utilizo o X5D ainda, e só pretendo me desfazer se conseguir um módulo mais moderno, como um Motif ou XV, pois os timbres desse bichinho são realmente fantásticos. Com muito peso e qualidade. As teclas não são muito boas, mas comprei um Kurweil SP76, com teclas de piano semi-pesadas, o qual controlo o X5D via MID.

Até a próxima.